sábado, 20 de agosto de 2011

Os dias

Existem dias comuns
Onde tudo é possível.
Dias programados
Por vezes chatos e rotineiros.
Há dias de marés turbulentas
Em que é melhor nem sair de casa.
Instantes de não se ter mais paciência
E com o que há de ser ficar indignado.
Às vezes os dias são intensos e demorados
Enquanto outros são tão rápidos que se vão num curto lapso.
Exaustivos dias de cansativo trabalho
Outros de descanso, sombra e água fresca.
Em alguns dias trazemos à tona o ar da imaginação
Criativas horas em que entornamos letras sobre a mesa.
Dias e mais dias percorrem o caminho de nossas estradas
Com o tempo se faz tudo o que somos.
Tempo é o senhor da vida
Infinito e intenso momento em tudo o que se precisa.
São melhores amigos, irmãos gêmeos...
O tempo e o dia.
Mas pro tempo e o dia
Darem as graças de um belo momento.
Deve-se fazer com que essa companhia seja a mais equilibrada possível
Recomenda-se levar na maior serenidade a soma exata dessas duas dádivas.
Assim encontra-se o correto resultado:
O simples é a chave de um instante bom a ser realizado.


Diogo Villa.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Elogio às Várias Variáveis

       Hoje tive o privilégio de ouvir “Filmes de guerras, canções de amor”, um excelente disco dos Engenheiros do Hawaii. Grande capacidade criativa de Gessinger e companhia em concatenar boas idéias, a síntese perfeita de se manter um exato regionalismo.
Gravado em 1993 ao vivo na sala Cecília Meireles, o som segue um senso intimista mais que necessário para a sua época. Orquestrado por Wagner Tiso com seus excelentes arranjos e regências, o maestro, chamado assim por Tom Jobim nos faz entender que a junção de cordas e percussão se tornam capaz de conjugar elementos adequados no tom certo entre o clássico e o erudito, o regional e o moderno.
Fico muito feliz em poder ser contemporâneo a essa certíssima coerência sonora que me influenciou bastante durante toda minha adolescência e ainda hoje se mantém presente em meu modo de ver o mundo, de ter opinião formada, de criticar os fatos e suas análises muitas vezes complexas, simples ou apenas modestas, de saber questionar minhas dúvidas e entender minhas incertezas e inquietudes. Afinal, existem e existirão sempre “variações de um mesmo tema”.
            Diogo Villa



                                                                                       

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Caos Urbanístico

Grandes cidades, metrópoles,
Centros urbanos.
Cartografia caótica e ensurdecedora
De todos os extremos concretos.



Diogo Villa.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Interpretações variadas

Olhar só para um lado
é medir o quadrado,
paralisada estagnação
ao desperdício do tempo.

Enquanto fonte
ou ponte ao pensamento
gira a roda,
o relógio e o momento.

Saber olhar o que há
além do espelho
é poder interpretar
mil possibilidades.

Despertar a atenção
é naufragar nos sonhos
e retomar o fôlego
na mais sensata imaginação.

Diogo Villa